Q1

O que pensa da escola na atualidade?


Peço que respondam a esta questão.

Comecem por se apresentar sucintamente e deem depois a vossa opinião (diga o que achar importante: idade/profissão/formação/se tem filhos).
Irei solicitar outras contribuições, para que haja opiniões de outras áreas disponíveis.


Grata pela participação.
ss

4 comentários:

  1. Maria Isabel Cavaleiro, 61 anos, aposentada dos CTT, quadro médio, duas filhas, um neto. A escola, espaço de aprendizagem e evolução, vê hoje, a sua principal função condicionada pela falta de estabilidade emocional de muitos dos seus frequentadores. Há demasiadas solicitações de vária ordem a dispersar a atenção das crianças e jovens. Embora "o saber não ocupe lugar", há que "regrar as doses" bem como "semear em tempo certo". Verifica-se muita hesitação na escolha da área e do curso. Os critérios nem sempre recaem sobre a apetência natural, Atende-se mais às vantagens económicas do que à realização pessoal...

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  2. Patrícia Oliveira, 39 anos (ainda), casada há 20, 3 filhos machos (19, 13, 6 anos), doméstica, 12º ano.
    A escola, que nos seus primórdios tinha apenas uma função instrutiva, passou a ser gradualmente, e cada vez mais, um espaço (supostamente) educativo. Actualmente, mais do que promover a literacia, deverá preocupar-se com o desenvolvimento global dos seus frequentadores (não digo estudantes porque muitos não estudam coisa nenhuma!!!)... No entanto, é tarefa colossal, para os meios e forma organizativa de que dispõe... Já para não falar no aspecto "socialização" que integra - ou melhor, suporta - todo o desenvolvimento do indivíduo... e essa - socialização - é feita hoje, em grande parte, pelos Media, deixando à escola a difícil tarefa de "equilibrar" realidade vs ficção, valores, ideias, ideais, etc... À escola?!?! - sim, à escola, que se a escola não conseguir, a família - por falta de disponibilidade, dificilmente o conseguirá... a não ser pela imposição de regras muito claras - e restritoras - relativamente ao "consumo" de Media pelo indivíduo - o que não é, necessariamente, bom e desejável (dependendo fundamentalmente do formato em que tal é feito)...
    Mas já me desviei...
    A escola na actualidade, tem um desafio iminente: actualizar-se constantemente e permanentemente... no que respeita a conteúdos, e ainda mais, o que respeita a métodos.
    Porque se é preciso instruir, já não o é somente no que respeita às matérias clássicas e científicas (fundamentais), mas também relativamente à utilização dos média. Além de que é indispensável promover o desenvolvimento global do indivíduo, nomeadamente, no que respeita a competências cognitivas, metacognitivas, morais, ambientais e de relacionamento interpessoal e intrapessoal.
    Se a escola, em Portugal, estará a consegui-lo? - Honestamente que não sei. Parece-me que o que se consegue actualmente não será satisfatório.
    Até porque seria importante estudar e dar a conhecer as possíveis novas articulações indispensáveis entre os papéis da escola e da família, na realidade actual.

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  3. Sandra Melro, casada com dois filhos, trabalhoEstrangeiros como Assistente Técnica.
    Decidi voltar a estudar, em 2004 para completar o ensino secundário. Durante este tempo, pensei em continuar a realizar o meu sonho. Em 2009, comecei a estudar na Universidade Aberta na Licenciatura de Educação no minor de Pedagogia Social e da Formação. Demorei cinco anos a concluir a minha licenciatura (pensava que conseguia em três, mas enganei-me), mas no segundo ano tive que abrandar. Ao terminar decidi enverdar no Mestrado de Pedagogia do Elearning. Para que não me voltasse acontecer o mesmo que no segundo ano da licenciatura, inscrevi-me no mestrado a tempo parcial. Vou entrar agora no segundo ano.
    Neste momento acho que me sinto como os alunos do 9º ano. Com dúvidas, muitas dúvidas em relação ao que vou escolher neste mestrado, dissertação ou projecto. Não sei. Não quero pensar ainda, mesmo sabende que tenho dentro de pouco tempo delinear o que virá a seguir.
    Sinto falta de estar com as pessoas com quem convivi durante 24 anos. Historiadores, investigadores...estas pessoas de certeza que me iam ajudar e apoiar. Sinto falta disso.
    Sinto que devia de haver alguém que nos ajudasse a caminhar com os nossos pés. Inelizmente, nna minha família só tenho uma pessoa com um curso superior e que se encontra longe.
    Acho que cada vez mais falta o apoio aos jovens para que as grandes decisões não se tornem em grandes pesadelos e quando chegarem à minha idade, porem tudo em causa.
    Sentindo cada vez mais a necessidade de aprender, encontrei o meu caminho. Estudar, aprender, ensinar, é o meu caminho. Hoje sinto-me, e apesar de tudo, realizada.
    Quando me questionam para que serve eu estudar tanto, eu respondo que é para não cair no abismo.
    Cada vez me preocupo mais com o estado da educação no meu pais. Está tudo virado do avesso. Turmas mistas no ensino básico (primário)!?!? Como pedagóga não me revejo neste tipo de ensino. Acho que dentro das cabeçinhas destas crianças tudo se desenvolve ao contrário. Será este tipo de ensino o ideal, para atingir o sucesso? Acredito que não...mas o que importa isso??? Os nosso governantes não dão a importância devida ao saber, mas depois ficam sem perceber como as taxas de sucessos são tão reduzidas.
    Este é o estado da nossa nação!!

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